Que tal analisarmos como a UFRGS definiu os presidentes do Brasil em suas provas? Acho que não tem melhor maneira de estudar para o Vestibular do que rever os outros Vestibulares... As frases e respostas foram adaptadas para facilitar o estudo. Meus comentários estão em itálico.
JÂNIO QUADROS
GETÚLIO VARGAS
A charge ao lado caiu no Vestibular de 2007 e questionava sobre as mudanças de sua política externa - em 1937, fascista no Estado Novo, amigo do Führer; em 1941, amigo de Franklin Delano Roosevelt (EUA); e, em 1945, amigo do camarada Stálin (URSS). Esse velhinho dançava conforme a música!
(UFRGS/98) Nas eleições presidenciais de dezembro de 1945, podiam-se ler cartazes com
os seguintes dizeres:
"Brasileiros!
ELE disse:
Para Presidente:
Eurico Dutra"
Na propaganda acima, ELE refere-se a Getúlio Vargas.
Vale lembrar... que Getúlio foi deposto do poder em 1945 com o fim do Estado Novo e acabou apoiando a candidatura de Eurico Gaspar Dutra. Getúlio candidatou-se a senador e foi eleito.
(UFRGS/1999) A liderança política da Revolução de 30, no Brasil, coube a Getúlio Vargas
com o apoio da Aliança Liberal diante da crise desencadeada pela eleição de Júlio Prestes.
Vale lembrar... que a morte de João Pessoa, vice de Getúlio, fez com que fosse feita a Revolução de 30 para impedir a posse de Júlio Prestes, que havia vencido as eleições fraudulentas.
(UFRGS/2001) No início dos anos 50, Getúlio Vargas viu-se às voltas com várias situações contraditórias durante seu governo:
1. Sob o ponto de vista eleitoral, o governo teve que equilibrar-se numa aliança que envolvia as forças dos antigos caciques interventores do PSD controladores das políticas interioranas, com as forças do operariado e das classes médias urbanas, aglutinados no PTB.
2. Vargas teve que estruturar um governo composto por ministros de distintos partidos políticos (PSD, PSP, PTB e UDN) como uma forma de ampliar o seu apoio no Congresso Nacional onde sua representação era nitidamente minoritária.
3. Vargas procurou convencer o trabalhador de que o patrão não era seu inimigo, e o patrão, de que o trabalhador era elemento indispensável à criação da riqueza, construindo uma política de aproximação e cooperação entre as classes.
4. Vargas manobrou entre duas concepções básicas sobre o desenvolvimento econômico: a que defendia o desenvolvimento autônomo e preservador das riquezas nacionais, por um lado, e a que advogava o desenvolvimento associado ao capital externo, inclusive no caso de petróleo e minerais atômicos, por outro.
JUSCELINO KUBITSCHEK
(UFRGS-2000) Leia os trechos abaixo relativos ao governo de Juscelino Kubistschek.
I. “[...] o programa de governo que me proponho a realizar prevê, inicialmente, a adoção de um Plano Nacional de Desenvolvimento no qual se determinam os objetivos e as condições necessárias para que a iniciativa privada nacional, com o auxílio do capital estrangeiro e a eficaz assistência do Estado, possa realizar a grande tarefa de nosso progresso...” (J. K. OLIVEIRA. Diretrizes Gerais do Plano Nacional de Desenvolvimento. Belo Horizonte, 1955, p. 17-18.)
II. “Contudo, a intransigência do Fundo [Monetário Internacional] forneceu ao presidente um álibi exemplar para unir os desenvolvimentistas em torno de si, bem como para transferir os problemas da inflação e, particularmente,
do grave endividamento externo de curto prazo que se seguiu, para se sucessor, mantendo intacta a sua reputação desenvolvimentista, provavelmente com vistas às eleições presidenciais de 1965.”
(MALAN, P. S.. As relações econômicas internacionais do Brasil. In: FAUSTO, B. História Geral da Civilização Brasileira. Ed. Difel, Tomo III, 1984, 4º vol., p. 92.)
III. “Embora durante sua administração o processo inflacionário brasileiro tenha sofrido uma aceleração, o crescimento da produção ‘per capita’ evidencia o grande desenvolvimento do país. Com as garantias e as facilidades concedidas pelo governo, instalaram-se fábricas de caminhões, tratores e automóveis. Construíram-se grandes obras hidrelétricas, abriram-se estradas e grandes rodovias. A expansão da indústria do aço e do petróleo, a construção naval contribuíram também para mudar o aspecto geral do país.
[...] A 21 de abril de 1960, inaugurou a cidade de Brasília.”
(SOUTO MAIOR, A. História do Brasil. São Paulo: Cia. Ed. Nacional, 1967, p. 409.)
A partir da leitura dos textos, é possível identificar, respectivamente, o Programa das Metas, o enfrentamento ao FMI e o Desenvolvimentismo.
(UFRGS/2002) Do ponto de vista econômico, o governo Juscelino Kubitscheck foi marcado por intenso e acelerado crescimento, expresso no lema “Cinqüenta anos de progresso em cinco de governo”. Entre as inovações desse período, pode-se destacar a implementação da indústria automobilística e de ampla rede rodoviária.
(UFRGS/2004) Leia o trecho abaixo, extraído de manifestação do Presidente Juscelino Kubitschek.
"Industrializar aceleradamente o país, transferir do exterior para o nosso território as bases do desenvolvimento autônomo; fazer da indústria manufatureira o centro dinâmico da atividade econômica nacional - isto resumia o meu propósito, a minha opção."
O objetivo de JK era associar capital e empresas estrangeiras aos programas de desenvolvimento industrial, visando um crescimento rápido.
A transferência de bases industriais do exterior para o Brasil buscava fomentar e abastecer um mercado interno que deveria ser expandido, substituindo as importações de manufaturados.
(UFRGS/2004) A renúncia de Jânio Quadros, na seqüência das reações à condecoração de Che Guevara pelo presidente brasileiro, apenas sete meses após iniciado o governo, gerou uma crise política que teve como conseqüência imediata a introdução do Parlamentarismo, fórmula de compromisso para garantir a posse do vice-presidente.
EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI
(UFRGS/1999) O "milagre econômico brasileiro", cujo auge ocorreu no governo Médici, deveu-se à repressão ao movimento sindical estudantil, às cassações de mandatos pela Lei Falcão e ao arrocho salarial.
Vale lembrar... que o "milagre econômico" foi uma forte propaganda feita pelo governo militar para dizer que a economia estava maravilhosa, mas isso era um engodo encoberto pelos diversos empréstimos internacionais contraídos que explodiram nossa dívida externa.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
(UFRGS/98)
I. A administração FHC tem privilegiado a abertura e a desnacionalização da economia do País, a privatização do setor público e uma política de compressão dos salários do funcionalismo público federal.
II. O governo FHC nega ser um governo de perfil neoliberal e justifica a política de desmantelamento do setor estatal com o discurso da necessidade de modernizar a economia brasileira como condição para inserir-se competitivamente no processo de globalização.
Vale lembrar... que o FHC deixou os professores universitários quase 10 anos sem aumento. Então, dificilmente, falarão bem dele na prova!
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