O golpe militar no Brasil está ligado ao contexto de Guerra Fria,
quando diversos conflitos (ideológicos e bélicos) foram travados
entre o bloco capitalista (EUA) e o bloco socialista (URSS).
O Brasil, com o golpe de 1964, aderiu aos ideais do
bloco estadunidense e ao projeto da Doutrina de Segurança Nacional
que, em síntese, visava a contenção do comunismo (tanto
internacional quanto dos ideais comunistas dentro do país). Assim,
os EUA passaram a ajudar os diversos países latinos que aderiram ao
bloco capitalista, na tentativa de defender tais governos da “ameaça”
externa.
Aqui no Brasil, com o apoio financeiro e ideológico,
os EUA contribuíram com a formação das ESG (Escola Superior de
Guerra) e do IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), dois
grupos que articularam o golpe de Estado de 1º de abril de 1964. E,
se o golpe encontrasse resistência, a Operação Brother Sam já
estava preparada para combater com os revoltosos. Todavia, graças à
articulação prévia dos grupos que contaram com o apoio dos EUA e
em virtude da postura imprecisa de Jango – que não tinha apoio
significativo nem da esquerda e nem da direita – o golpe de 1964
foi recebido com simpatia por diversos setores da sociedade e tal
simpatia permaneceu até o país se dar conta que estava diante da
mais sanguinária de suas ditaduras.
a
ditadura paraguaia (1954-1989) do general Alfredo Stroessner;
a
ditadura uruguaia (1973-1985) que derrubou o presidente Juan María
Bordaberry;
a ditadura chilena (1973-1990) comandada pelo general Augusto Pinochet que derrubou o governo do
socialista Salvador Allende do poder;
A propaganda usada para justificar os golpes de
Estado foi sempre a mesma: reforçar a democracia na defesa contra o
Comunismo. Mas, na prática, nenhuma dessas ditaduras usou métodos
democráticos...
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