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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Nova República - Fernando Collor (1990-1992) e Itamar Franco (1992-1994)

FERNANDO COLLOR      Collor, assim como José Sarney, era um remanescente da ditadura pois foi prefeito "biônico" de Maceió - AL durante o regime ditatorial brasileiro. No seu Ministério, inseriu diversos ex-membros da ditadura militar - por exemplo, o militar signatário do AI-5 Jarbas Passarinho, que foi seu Ministro da Justiça (?). PLANO DE ESTABILIZAÇÃO BRASIL NOVO (PLANO COLLOR)      Plano elaborado pela Ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello.  moeda voltava a ser o Cruzeiro; todos os Cruzados Novos aplicados foram retidos e só seriam devolvidos em setembro de 1991 parcelado em 12 vezes - o plano só permitia o saque de 20% e, no máximo, 50 mil cruzeiros; congelamento de salários e preços - queda no poder de compra; aumento dos impostos; criação de novos impostos - como o tributo sobre o ganho de capitais na Bolsa de Valores; calote na dívida pública; funcionários públicos tiveram redução de salários; aumento das tarifas das empres

Nova República - José Sarney (1985-1989)

     Com a morte de Tancredo Neves na véspera de tomar posse, assumiu a presidência seu vice, José Sarney. Sarney era partidário da ARENA, partido que sustentou a ditadura civil-militar. Nas eleições de 1985, deixou a ARENA e ingressou no recém-fundado PFL (Partido da Frente Liberal), partido com o qual disputou a cabeça de chapa da oposição ao candidato Paulo Maluf.      Com Sarney, persistem diversos “entulhos autoritários”: a Lei de Segurança Nacional, a Lei de Imprensa (que, diga-se de passagem, persiste até hoje), possibilidade de o presidente baixar Decretos-leis... ECONOMIA Plano Cruzado Plano Bresser Plano Verão (Cruzado Novo)    Todos os planos fracassaram no intento de conter, a longo prazo, a inflação galopante enfrentada pelo país.      Os planos visavam controlar os preços, o fim da correção monetária, conter o desemprego. Todavia, mesmo benefícios como o congelamento dos preços, acabaram gerando uma explosão de consumo e a consequente falta d

Ditadura civil-militar - parte 3

GENERAL EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI (1969-1974) (ex-chefe do SNI e comandante do III Exército) responsável pela plena utilização do AI-5 com muitas prisões sem mandato judicial e deixando a oposição isolada e com medo; janeiro/1970: Decreto-lei da censura prévia a livros e periódicos – a auto-censura dos veículos de comunicação já ocorria desde 1964, temendo retaliações dos militares. Para preencher os espaços vazios, as notícias censuradas eram substituídas por receitas culinárias ou trechos de poesia – ou mesmo, ficavam os espaços em branco censurados; Enunciado McNamara (que vigorava nos EUA desde 1967) visava o “Desenvolvimento e Segurança”, aumentando a destinação de recursos à América Latina para crescimento econômico e na tentativa de neutralizar a subversão social. Representou a maciça entrada de capital estrangeiro, principalmente entre 1970 e 1973; I PND (Plano Nacional de Desenvolvimento); PMB – Plano de Metas e Bases; PIN – Plano de Int

Ditadura civil-militar - parte 2

JUNTA MILITAR (02/04/1964 a 15/04/1964) AI-1 – garantia ao Executivo o poder para cassar mandatos e suprimir direitos políticos, bem como decretar Estado de Sítio e elaborar emendas constitucionais sem aprovação parlamentar. Foi responsável por cassações políticas e expurgos em meios civis e militares (ao todos mais de 3.500). MARECHAL HUMBERTO CASTELO BRANCO (1964-1967) AI-2 (outubro/1965) – extinguiu os partidos políticos e instituiu o sistema bipartidário : ARENA (situação) e MDB (oposição consentida); AI-3 (fevereiro/1966) – decretou eleições indiretas para governadores de Estado devido à grande vitória de candidatos da oposição nas eleições de 1965; AI-4 (dezembro/1966) – convocação do Congresso para votar a nova Constituição “promulgada” em janeiro de 1967; “arrocho” salarial; intervenção em 425 sindicatos; Lei Suplicy – suspensão e expulsão de estudantes e professores das faculdades; Lei de Segurança Nacional (fevereiro/

Ditadura Civil-militar (1964-1985) - parte 1

     O golpe militar no Brasil está ligado ao contexto de Guerra Fria, quando diversos conflitos (ideológicos e bélicos) foram travados entre o bloco capitalista (EUA) e o bloco socialista (URSS).      O Brasil, com o golpe de 1964, aderiu aos ideais do bloco estadunidense e ao projeto da Doutrina de Segurança Nacional que, em síntese, visava a contenção do comunismo (tanto internacional quanto dos ideais comunistas dentro do país). Assim, os EUA passaram a ajudar os diversos países latinos que aderiram ao bloco capitalista, na tentativa de defender tais governos da “ameaça” externa.      Aqui no Brasil, com o apoio financeiro e ideológico, os EUA contribuíram com a formação das ESG (Escola Superior de Guerra) e do IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), dois grupos que articularam o golpe de Estado de 1º de abril de 1964. E, se o golpe encontrasse resistência, a Operação Brother Sam já estava preparada para combater com os revoltosos. Todavia, graças à articulaç

Depoimentos de uma época

      Encerrando a sessão de filmes do blog, hoje dois depoimentos curtinhos: de uma militante política e de dois agentes de Estado durante a ditadura.       O primeiro vídeo é da Suzana Lisboa - pessoa pela qual tenho grande  admiração e respeito - esposa do Luiz Eurico Teixeira Lisboa, aluno de Julinho morto pelo regime militar...      O segundo vídeo (e último da temporada) traz a visão de dois agentes do Estado: Sebastião Curió e Jarbas Passarinho. Gostaria que comentassem o depoimento deles... Como não consegui colocar aqui direto de jeito nenhum, clique aqui que vai direto para o vídeo no Youtube.

A tortura e a Ditadura Civil-Militar

     Ilustrando um pouco sobre o que falamos em nossa última aula, posto aqui alguns vídeos que tratam do período de Ditadura Civil-Militar no Brasil (1964 a 1985).      O primeiro vídeo é sobre o comentário da presidenta Dilma, na época em que era Ministra da Casa Civil do governo Lula, no qual fala sobre sua experiência durante o regime ditatorial:      Falando ainda sobre a tortura, o vídeo a seguir é o depoimento de Maria Amélia Telles, presa e torturada durante o regime militar. Em 2007, ela entrou com processo declaratório contra seu torturador, Carlos Alberto Brilhante Ustra, e a juíza que deu a sentença declarou Ustra um torturador, mas não deu-lhe nenhuma punição. Segue o depoimento dela sobre sua experiência traumática (depoimento bem forte; recomendo que quem for muito sensível evite):      No vídeo acima, Amelinha narra sobre o episódio sobre os filhos... Vale a pena ver esse documentário curtinho (15 Filhos) com filhos de militantes políticos perseguidos

A UFRGS e os Presidentes do Brasil

     Que tal analisarmos como a UFRGS definiu os presidentes do Brasil em suas provas? Acho que não tem melhor maneira de estudar para o Vestibular do que rever os outros Vestibulares... As frases e respostas foram adaptadas para facilitar o estudo. Meus comentários estão em itálico. GETÚLIO VARGAS     A charge ao lado caiu no Vestibular de 2007 e questionava sobre as mudanças de sua política externa - em 1937, fascista no Estado Novo, amigo do Führer; em 1941, amigo de Franklin Delano Roosevelt (EUA); e, em 1945, amigo do camarada Stálin (URSS). Esse velhinho dançava conforme a música! (UFRGS/98) Nas eleições presidenciais de dezembro de 1945, podiam-se ler cartazes com os seguintes dizeres: "Brasileiros! ELE disse: Para Presidente: Eurico Dutra" Na propaganda acima, ELE refere-se a  Getúlio Vargas . Vale lembrar... que Getúlio foi deposto do poder em 1945 com o fim do Estado Novo e acabou apoiando a candidatura de Eurico Gaspar Dutra.

Filmes interessantes

     Como havia comentado em aula, seguem três filmes bem interessantes sobre nossos ex-presidentes Getúlio Vargas, JK e João Goulart. Basta clicar sobre os links:       O primeiro link é de um filme-propaganda de Getúlio . Então, não esperem ouvir falar mal dele no filme. Mas, vale a pena pelas cenas da época e por narrar a trajetória dele na presidência.        O segundo é sobre o Juscelino Kubitschek . Confesso que não assisti, mas como é do diretor Sílvio Tendler, eu acredito que seja bom.  Se bem que, por causa da questão da Legalidade, acho mais provável a UFRGS explorar mais a presidência do Jânio-Jango, do que a do Juscelino.        O terceiro é Jango , um brilhante filme do Sílvio Tendler. Esse sim, faz uma análise crítica do período desde Jânio Quadros, Legalidade, Jango e Golpe Militar. É uma excelente aula de História! Façam o possível para assistir .

A Legalidade na UFRGS

      Vamos dar uma olhada na questão que caiu há 10 anos na UFRGS sobre o movimento da Legalidade, que completou 50 anos nesse ano: (UFRGS/2002) Leia o documento abaixo. “Ao Rio Grande e ao Brasil O Governo do Estado do Rio Grande do Sul cumpre o dever de assumir o papel que lhe cabe nesta hora grave da vida do País. Cumpre-nos reafirmar nossa inalterável posição ao lado da legalidade constitucional. Não pactuamos com golpes ou violências contra a ordem constitucional e contra as liberdades públicas. Se o atual regime não satisfaz, em muitos dos seus aspectos, desejamos é o seu aprimoramento e não sua supressão, o que representaria uma regressão e o obscurantismo. A renúncia da S. Exa. o Presidente Jânio Quadros veio surpreender a todos nós. A mensagem que S. Exa. dirigiu ao povo brasileiro contém graves denúncias sobre pressões de grupos, inclusive do exterior, que indispensavelmente precisam ser esclarecidas. (...) Por motivos dos acontecimentos, como se impunh

Campanha da Legalidade - Revisão

     A renúncia de Jânio Quadros gerou um impasse constitucional. De acordo com a Constituição, diante da renúncia do presidente, o posto seria assumido pelo vice-presidente. João Goulart, o vice-presidente, estava em visita oficial à China comunista e seu nome foi vetado pelos Ministros militares. Dessa forma, assumiu interinamente a Presidência, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli.         Nesse momento, assumindo o papel de "caudilho", Leonel Brizola decide manifestar-se a favor da imediata posse constitucional do vice-presidente João Goulart - para quem não lembra, Jango era cunhado de Brizola. Leonel Brizola era o governador do estado do Rio Grande do Sul.       Do outro lado, os militares não admitiam a posse de Jango e ameaçavam prendê-lo caso retornasse ao país. Já havia, inclusive, dado ordem de prisão contra o marechal Lott (candidato derrotado a presidência), que se manifestara contra a tentativa de golpe. Outros militares e líderes