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Imigração Judaica no Rio Grande do Sul

     A comunidade judaica vinda para o Rio Grande do Sul foi uma minoria se compararmos com a quantidade de imigrantes alemães e italianos. Devido às dificuldades econômicas na Europa e das perseguições religiosas e sociais, muitos judeus vieram para o Brasil "em busca de uma vida melhor". Vamos recordar que os judeus viviam espalhados por vários territórios e ainda não tinham seu próprio Estado nacional - só criado após a 2ª Grande Guerra. O elemento de coesão da comunidade judaica era sua religião monoteísta milenar.

     Em 1891, o banqueiro Maurice de Hirsch criou a Jewish Colonization Association com o objetivo de organizar e instalar colônias agrícolas no Brasil, Argentina e Canadá. Os primeiros imigrantes vieram do Império Russo fugindo das perseguições políticas, religiosas e econômicas promovidas pelos governantes e pelas classes dominantes daquele país - para quem quer imputar essa perseguição aos comunistas, a perseguição ocorreu durante a fase imperial, ou seja, antes da ascensão do comunismo no país. O ano de 1904 marcou a chegada dos imigrantes judeus ao sul do Brasil onde fundaram a Colônia Philippson, próxima a Santa Maria. Os primeiros imigrantes (cerca de 55 famílias) vieram principalmente da Bessarábia, região russa banhada pelo Mar Negro. Eles se instalaram em terras compradas pela Jewish Colonization Association (lotes de 25 a 30 hectares) nas quais trabalharam com agricultura, com financiamentos de longo prazo. A maioria dos que aqui chegaram eram artesãos e tiveram de se adaptar ao ofício de agricultor, à nova língua e à geografia do local. Mesmo assim, muitos enriqueceram e mudaram-se para Porto Alegre, no Bairro Bonfim, bastante desvalorizado na época.

     Entre 1911 e 1914, mais famílias chegaram ao estado instalando-se no distrito de Quatro Irmãos (próximo a Erechim). O trabalho com extração de madeira permitiu ascensão social de famílias como os Ioschpe e os Sirotsky, que investiram no setor financeiro e no de comunicações. 

     Houve, ainda, muitos imigrantes judeus que vieram ao Rio Grande do Sul por iniciativas individuais e não por companhias de migração. Estabeleceram-se em cidades maiores como Santa Maria, Erechim e Porto Alegre onde trabalhavam como comerciantes.

     Durante a década de 30, predominou a imigração de judeus oriundos da Polônia (artesãos, alfaiates, marceneiros). Após a posse de Hitler na Alemanha (1933), muitos judeus intelectuais e profissionais liberais fugiram do país devido à perseguição dos nazistas e muitos desses vieram para o sul do Brasil.

Comentários

  1. Olá professor, muito obrigada pelas informações postadas. Há anos tenho me interessado por esse povo maravilhoso q tão fortemente perseguido, mas q permanece vivo e forte. Wuando este mês descobri que meu sobrenome Duarte é judeu sefardita. Obvio q meu coração se encheu de alegria. Tengo procurado saber mais. Contudo, a informação q tenho é que o Duarte vem minha tataravó Maria Angélica Duarte e que o sobrenome de meu tataravô é Damião. O curioso dessa história é q os filhos não tiveram o Damião em seus registros. Apenas o sobrenome materno em tempos em q tudo do homem importava mais. O grande problema é q devido a inquisição os judeus sefarditas trazidos de Portugal para cá tiveram q se converter ao cristianismo ou eram queimados. Quero muito descobrir mais. Caso saiba algo sobre os judeus sefarditas no sul euvadoraria saber. Gratidão.

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  2. O JUDEU FRANKLIN STERNHEIM
    MENTOR DA BANDEIRA do Movimento
    “O Sul é o meu País”

    FRANKLIN AUGUSTO BEMNERGUI STERNHEIM, nasceu no dia 2 de junho de 1938 em São Paulo - capital.
    Casou com com Maria Ignêz Basso Sternheim (falecida em 20/05/2017).
    Como bancário, em 1981, foi transferido para Limeira e, em 1982 para Curitiba, onde se aposentou como Supervisor no Banco do Brasil.
    Em 1992, Franklin e amigos fundam a entidade curitibana “Sociedade Amigos do Paraná” – SAP.
    Em 1993, o Presidente da SAP, Franklin Augusto Bemnergui Sternheim, suspende suas atividades para unir-se ao Movimento Separatista “O Sul é o meu País”, do Paraná.
    Dias depois, a Polícia Federal cometeu ato brutal, invadindo sua casa, às três da madrugada, tirando-o da cama e revistando os cômodos, levando tudo o que se referisse ao separatismo. No dia do depoimento, ficou difícil para o Dele-gado da PF entender que ele não era nazista (afinal a TV Globo taxou todos os separatistas de nazistas, em seu programa “Fantástico”, de 02/05/1993) e, ave-xado, ficou sabendo que Franklin era judeu.
    Mais, o judeu e líder separatista, Franklin Sternheim, virou manchete naci-onal como se estivesse sendo preso. Sua foto apareceu em diversos jornais de uma forma que dava a impressão de que estava algemado e sendo colocado dentro e um camburão da polícia. Quem via a foto e as manchetes, concluía que eram verdadeiras, tal a perfeição da montagem feita por agências de notí-cias. Definitivamente, tal prisão nunca aconteceu. Os líderes paranaenses, à frente do Movimento O Sul é o Meu País, enfrentaram as mais diversas arbitra-riedades, mas não arredaram o pé dos seus ideais e deram a Brasília uma der-rota fragorosa na justiça federal. Tudo o que havia sido confiscado para servir de prova contra o Movimento, teve que ser devolvido aos separatistas. Ficou famosa a foto tirada pelo jornal “Folha de Londrina” (edição de 10/11/93), publi-cada na capa com uma extensa reportagem, onde os separatistas aparecem na frente do prédio da Polícia Federal recebendo todo o material antes apreendido. Foram todos absolvidos de qualquer acusação e o Movimento continuou e con-tinua funcionando normalmente.

    Em data de 07/04/2002, Franklin era nomeado representante do Movimen-to O Sul é o Meu País, para São José dos Pinhais, onde residia, como podemos ver na Ata nº 15:

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  3. Carlos, as causas defendidas por judeus podem ser das mais variadas vertentes. Certamente, há muitos envolvidos nessa causa citada também. Não sou judeu e muito menos defendo o separatismo do Sul do Brasil pois nossa região não se auto-sustenta, nasceria com uma gigantesca dívida externa, mais importaria do que exportaria, não tem uma cultura diferenciada do resto do Brasil, etc. Não vejo motivos para a separação e não entendi o porquê de usares a postagem como propaganda de uma causa...

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  4. cadeira feia no fundo caramba parece um coco

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  5. Meu bisavô venho fugido em um porão de navio da Alemanha, era um judeu, quando chegou ao Brasil foi morar próximo a Rio pardo, interior do Rio Grande do Sul , seu nome,seu dialeto firam esquecidos, foi registrado na chegada como Oliveira e quando ainda minha vó era criança escutava eles conversando com dialeto diferente ndo nosso, não ensinaram a outra língua aos filhos por medo de serem descobertos, ela conta que era proibido falar que o pai veio da Alemanha pois tinham pavor da perseguição que meu bisavô sofreu e medo pelos seus descendentes.

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    1. Meu vô era judeu também, veio para Erechim onde minha mãe nasceu. Infelizmente morreu antes de eu poder conhecê-lo.

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