Pernambuco, palco de grandes conflitos ao longo da história brasileira, protagonizou a última grande revolta nacional do Império.
Lembremos que o Nordeste foi muito próspero durante o ciclo do AÇÚCAR, permitindo enriquecimento dos senhores de engenho. No início do reinado de D. Pedro II, a situação econômica de Pernambuco apontava para conflitos: no campo, a família Cavalcanti detinha 1/3 de todos os engenhos de açúcar numa estrutura latifundiária e escravista; na cidade, o comércio era monopolizado por portugueses e ingleses. Assim, a camada média da população era marginalizada e sofria com o desemprego.
Nesse contexto, além do Partido Conservador e do Partido Liberal (que, na prática, eram muito semelhantes), surgiu um partido de liberais radicais: o Partido da Praia, conhecido por esse nome pois o partido se formara no jornal "Diário Novo" da Rua da Praia.
Os partidários do Partido da Praia organizaram um grande movimento revolucionário, em 1848, com colorações de Socialismo Utópico - algo raríssimo no Brasil, ainda mais no período imperial. Mas, a Revolução Praieira, que foi a última manifestação do liberalismo radical, foi reprimida após sangrentas batalhas.
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