O país mais populoso do planeta sobreviveu às quedas dos regimes comunistas no século XX e completou, em 01 de julho de 2011, 90 anos de governo comunista.
Mas a sobrevivência do partido segue permeada por contradições. A principal delas: a China tem o partido comunista mais capitalista do mundo! Sim, para se adaptar ao mundo "globalizado", a China adotou o "modelo econômico capitalista a la comunismo", que permitiu nas últimas três décadas um crescimento médio anual de 10% ao mesmo tempo em que tirou 400 milhões de pessoas da pobreza. Essa aliança inédita de dois sistemas divergentes transformou um país agrário e analfabeto na segunda maior potência econômica do mundo - atrás apenas dos EUA.
Outra contradição chinesa é o contraste de uma economia de mercado moderna e dinâmica com um Estado repressor que segue limitando as liberdades individuais. O governo chinês não tolera oposição, reprime os dissidentes e censura a imprensa. Claro, esses pontos não são exclusividade da China, mas o país tem vivenciado fortes ondas de repressão nos últimos anos. É difícil de entender mas o governo conta com grande apoio da população, beneficiada pelos avanços na área econômica (ou temerosas com a repressão).
Embora pareça que a China só virou assunto depois da revolução comunista, o país tem uma história que remonta a Antiguidade. Mesmo tendo sido sempre um país avançado, a China foi perdendo espaço para as nações europeias no período medieval até ter seu território ocupado por estrangeiros no início do século XIX. Com 80% da população vivendo nos campos, foi lá que surgiram o Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês) e o Partido Comunista. Os dois partidos foram aliados contra as potências colonialistas, mas o golpe militar de 1927, promovido pelos nacionalistas, levou os comunistas à clandestinidade e posterior adesão à luta armada. O Partido Comunista chinês foi fundado em 1921, em Xangai, com apenas 53 integrantes - hoje, possui mais de 80 milhões de filiados. O Partido Comunista chegou ao poder em outubro de 1949, com a Revolução Chinesa, após combater os nacionalistas. Nas décadas seguintes, Mao Tsé-tung liderou o Partido e o governo e, apesar de sua capacidade de articulação e liderança, promoveu uma desastrosa campanha de modernização do país (com aumento da produção agrícola e industrialização) que culminou com a morte de 20 milhões de pessoas de fome.
A China aprende cada vez mais com os EUA a governar de forma imperialista. No evento de comemoração de aniversário do Partido, o governo deixou esse passado de lado para divulgar os progressos recentes - qualquer semelhança com os EUA não é mera coincidência! A festa foi, na prática, uma imensa propaganda com direito a filme oficial, desfiles patrióticos e a inauguração de uma obra gigantesca: uma ponte de 41 km sobre o mar, a mais extensa do mundo. No discurso, o presidente Hu Jintao, disse que o partido aprendeu com os erros do passado e que vai combater a corrupção.
Controversa ou não, o jeito de governar chinês ao mesclar comunismo e capitalismo - até então adversos - permitiu à China conquistar o posto de 2ª potência mundial e uma das nações mais ricas do planeta.
Mas a sobrevivência do partido segue permeada por contradições. A principal delas: a China tem o partido comunista mais capitalista do mundo! Sim, para se adaptar ao mundo "globalizado", a China adotou o "modelo econômico capitalista a la comunismo", que permitiu nas últimas três décadas um crescimento médio anual de 10% ao mesmo tempo em que tirou 400 milhões de pessoas da pobreza. Essa aliança inédita de dois sistemas divergentes transformou um país agrário e analfabeto na segunda maior potência econômica do mundo - atrás apenas dos EUA.
Outra contradição chinesa é o contraste de uma economia de mercado moderna e dinâmica com um Estado repressor que segue limitando as liberdades individuais. O governo chinês não tolera oposição, reprime os dissidentes e censura a imprensa. Claro, esses pontos não são exclusividade da China, mas o país tem vivenciado fortes ondas de repressão nos últimos anos. É difícil de entender mas o governo conta com grande apoio da população, beneficiada pelos avanços na área econômica (ou temerosas com a repressão).
Embora pareça que a China só virou assunto depois da revolução comunista, o país tem uma história que remonta a Antiguidade. Mesmo tendo sido sempre um país avançado, a China foi perdendo espaço para as nações europeias no período medieval até ter seu território ocupado por estrangeiros no início do século XIX. Com 80% da população vivendo nos campos, foi lá que surgiram o Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês) e o Partido Comunista. Os dois partidos foram aliados contra as potências colonialistas, mas o golpe militar de 1927, promovido pelos nacionalistas, levou os comunistas à clandestinidade e posterior adesão à luta armada. O Partido Comunista chinês foi fundado em 1921, em Xangai, com apenas 53 integrantes - hoje, possui mais de 80 milhões de filiados. O Partido Comunista chegou ao poder em outubro de 1949, com a Revolução Chinesa, após combater os nacionalistas. Nas décadas seguintes, Mao Tsé-tung liderou o Partido e o governo e, apesar de sua capacidade de articulação e liderança, promoveu uma desastrosa campanha de modernização do país (com aumento da produção agrícola e industrialização) que culminou com a morte de 20 milhões de pessoas de fome.
A China aprende cada vez mais com os EUA a governar de forma imperialista. No evento de comemoração de aniversário do Partido, o governo deixou esse passado de lado para divulgar os progressos recentes - qualquer semelhança com os EUA não é mera coincidência! A festa foi, na prática, uma imensa propaganda com direito a filme oficial, desfiles patrióticos e a inauguração de uma obra gigantesca: uma ponte de 41 km sobre o mar, a mais extensa do mundo. No discurso, o presidente Hu Jintao, disse que o partido aprendeu com os erros do passado e que vai combater a corrupção.
Controversa ou não, o jeito de governar chinês ao mesclar comunismo e capitalismo - até então adversos - permitiu à China conquistar o posto de 2ª potência mundial e uma das nações mais ricas do planeta.
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