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Mostrando postagens de novembro, 2011

A Questão Christie (1861-1865)

Ao longo do 2º Reinado, a "aliança" entre Brasil e Inglaterra foi enfraquecendo por dois motivos principais: 1. A revisão dos Tratados de 1810 que davam plena liberdade comercial, política e jurídica aos ingleses em terras brasileiras. 2. A política inglesa de repressão ao tráfico negreiro que tornou-se violenta após o Bill Aberdeen, em 1845. Agravando as contendas entre os antigos "aliados", o representante inglês no Brasil, o Sir William Dougall Christie, passou a criar diversas polêmicas. Tudo começou quando, em 1861, o navio inglês chamado "Príncipe de Gales" naufragou no litoral do Rio Grande do Sul e os sobreviventes ao naufrágio foram furtados. As autoridades brasileiras iniciaram a investigação sobre o caso, mas Sir Christie interviu exigindo imediata indenização de 3.200 libras e a presença de um capitão inglês nas investigações. No ano seguinte, três oficiais ingleses bêbados e à paisana foram presos no Rio de Janeiro por desordem. Quando id

Política Externa no Segundo Reinado

A região da bacia do Prata era estratégica para o comércio brasileiro pois permitia a comunicação fluvial com as regiões Centro-Oeste e Sudeste, além de garantir a navegação nos rios Paraguai, Paraná e Uruguai, tendo acesso aos países vizinhos e aumentando a possibilidade de trocas comerciais. Ao Brasil interessava a livre navegação dos rios do Prata e, para isso, iria lutar contra o projeto de caudilhos (chefes políticos-militares) platinos que queriam a união da Argentina, Uruguai e Paraguai numa só unidade territorial. 1851 - INTERVENÇÃO NO URUGUAI CONTRA ORIBE No Uruguai, independente desde 1828 quando separou-se do território brasileiro, dois partidos revezavam-se no poder: os "blancos" e os "colorados". Manuel Oribe era "blanco" e tinha proximidade política com os ideais do caudilho argentino Rosas, que desejava a união de Uruguai, Argentina e Paraguai em uma confederação. Assim, os partidários de Oribe e de Rosas ocuparam parte do território ur

Atlas Digital da América lusa

Vale a pena dar uma olhada em um site bem interessante que traz mapas dinâmicos, gráficos, tabelas e um material didático para entender sobre o Brasil Colonial (e alguma coisa sobre Império, também). Acessar o site é uma forma de rever os conteúdos para a prova e ainda aprender mais alguns conteúdos que não tenham sido abordados em aula. http://atlas.cliomatica.com

Revolução Praieira

Pernambuco, palco de grandes conflitos ao longo da história brasileira, protagonizou a última grande revolta nacional do Império. Lembremos que o Nordeste foi muito próspero durante o ciclo do AÇÚCAR, permitindo enriquecimento dos senhores de engenho. No início do reinado de D. Pedro II, a situação econômica de Pernambuco apontava para conflitos: no campo, a família Cavalcanti detinha 1/3 de todos os engenhos de açúcar numa estrutura latifundiária e escravista; na cidade, o comércio era monopolizado por portugueses e ingleses. Assim, a camada média da população era marginalizada e sofria com o desemprego. Nesse contexto, além do Partido Conservador e do Partido Liberal (que, na prática, eram muito semelhantes), surgiu um partido de liberais radicais: o Partido da Praia, conhecido por esse nome pois o partido se formara no jornal "Diário Novo" da Rua da Praia. Os partidários do Partido da Praia organizaram um grande movimento revolucionário, em 1848, com colorações de Soci

Questões políticas do período Regencial

Com a abdicação de D. Pedro I, em 1831, a política brasileira passou por um período de reorganização. O "vazio de poder" até o momento em que D. Pedro II tivesse idade para assumir o trono foi preenchido por diversos regentes num dos períodos mais turbulentos da história brasileira. REGÊNCIA TRINA PROVISÓRIA (abril-junho/1831) Francisco de Lima e Silva (militar) José Joaquim Carneiro Campos (caramuru/restauradores) Nicolau de Campos Vergueiro (liberal moderado) A divisão política da Regência Provisória já indicou uma exclusão dos liberais exaltados que será constante a partir desse momento. A política acabou concentrando-se nas mãos dos moderados. Nesse primeiro momento foi concedida anistia política a todos os presos políticos e foi suspenso parcialmente o poder Moderador (em voga desde a Constituição de 1824) impedindo a dissolução da Câmara dos Deputados. REGÊNCIA TRINA PERMANENTE (1831-1835) José da Costa Carvalho (deputado liberal moderado do norte) João Bráulio M

Confederação do Equador (1824)

A chama da Insurreição Pernambucana permaneceu acesa mesmo após a repressão ao movimento e, somado ao autoritarismo de Dom Pedro I, suscitou uma nova revolta em Pernambuco que tem uma forte tradição contestatória. No Primeiro Reinado, Dom Pedro I vai mostrando-se cada vez mais autoritário, culminando com a outorga da Constituição de 1824. Assim, podemos dizer que as causas da revolta de 1824 foram as medidas autoritárias do Imperador: dissolução da Assembleia Constituinte; Constituição de 1824 outorgada; poder moderador que permitia poderes quase absolutos ao imperador; a impossibilidade de eleger governadores, que assumiam o posto por indicação de D. Pedro I. A Confederação do Equador foi mais uma revolta pernambucana de caráter republicano e, agora, de cunho separatista e federalista. A revolta foi chefiado pelo Frei Caneca que agregou uma nova Junta governativa que exigia um outro governador, diferente do que fora indicado pelo Imperador. Mas, as revoltas pernambucanas não seri