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Mostrando postagens de julho, 2011

O tamanho da dívida dos EUA

Governando um país que ainda não conseguiu reverter os efeitos da crise econômica, Barack Obama tem implorado aos parlamentares de seu país para elevar o teto da dívida e pensar nas medidas necessárias para conseguir cumprir, quem sabe um dia, seu pagamento. Só para ter uma pequena noção do tamanho trilionário da dívida estadunidense, há uma animação que, apesar de estar em inglês, é de fácil visualização e dá uma amostra da dimensão do problema que, ou Obama resolve ou dá adeus à reeleição. Sim, meus caros, na política é assim que as coisas funcionam. Querem exemplos? Vide as postagens sobre a direita na Europa e a esquerda na América. Ou, vejamos o caso brasileiro (claro, analisando de forma bem simplória!): em 1994, o Plano Real era um sucesso; resultado: um dos criadores da moeda estável se elegeu presidente nesse ano - FHC - e com a moeda ainda estável conquistou a reeleição. Já em 2002, a economia não estava lá essas coisas e Lula consegue, na sua 4ª tentativa, vencer a eleição p

A Direita na Europa

Se a América Latina tem seguido o rumo a esquerda, a Europa vai à direita. É o que se tem observado com o crescimento dos partidos de direita no Velho Mundo. Em postagem recente, trabalhei os conceitos de esquerda e direita e, sim, eles existem hoje e são perceptíveis. É verdade que a direita na Europa tem procurado se "modernizar" para conquistar a maioria dos eleitores. E, com a crise econômica mundial de 2008, houve a consolidação dessa tendência de "direitização europeia". Isso já ocorreu na crise de 1929, quando os governos de direita ganharam força depois da crise com Hitler na Alemanha e Mussolini na Itália, por exemplo. Calma, isso não quer dizer que a Europa esteja a beira de u m novo nazismo. Não é para tanto! Mas a crise faz com que o eleitorado opte por governos tradicionais, conservadores, com os quais saibam que não haverá mudanças de rumos e tudo seguirá como está e talvez até melhore. De acordo com o escritor e jornalista Álvaro Vargas Llosa, "a

A Esquerda na América Latina

Os conceitos de "direita" e "esquerda" para tratar de posicionamento político surgiram no contexto da Revolução Francesa. Esquerda e direita eram apenas lugares de cadeiras na Assembléia Nacional Francesa. Os mais radicais contra o Antigo Regime Absolutista acabaram ficando com a "esquerda", e os partidários da permanência do sistema vigente com a "direita". Posteriormente, tais conceitos foram transpostos para as correntes ideológicas: as correntes socialistas assumiram o papel de "esquerdas" e as correntes conservadoras como "direitas". Nas décadas de 1960 a 1980, a América Latina foi marcada por ditaduras militares associadas à implantação maciça do sistema capitalista neoliberal. A década de 1990 foi marcada por grandes mudanças devido à insatisfação com as políticas que regiam o continente. O reflexo dessa insatisfação é melhor percebido no final da década e início dos anos 2000, quando vários países apostaram em governos

Partido Comunista chinês completa 90 anos

O país mais populoso do planeta sobreviveu às quedas dos regimes comunistas no século XX e completou, em 01 de julho de 2011, 90 anos de governo comunista. Mas a sobrevivência do partido segue permeada por contradições. A principal delas: a China tem o partido comunista mais capitalista do mundo! Sim, para se adaptar ao mundo "globalizado", a China adotou o "modelo econômico capitalista a la comunismo", que permitiu nas últimas três décadas um crescimento médio anual de 10% ao mesmo tempo em que tirou 400 milhões de pessoas da pobreza. Essa aliança inédita de dois sistemas divergentes transformou um país agrário e analfabeto na segunda maior potência econômica do mundo - atrás apenas dos EUA. Outra contradição chinesa é o contraste de uma economia de mercado moderna e dinâmica com um Estado repressor que segue limitando as liberdades individuais. O governo chinês não tolera oposição, reprime os dissidentes e censura a imprensa. Claro, esses pontos não são exclusivi